

Paulo Roberto CostaEx-diretor de Abastecimento da Petrobras
Primeiro investigado a firmar um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa desmembrou o esquema de corrupção na estatal. Além de ter recebido U$1,5 milhão para “não criar problemas” durante a compra da refinaria Pasadena, no Texas (EUA), o ex-diretor também acusou mais de 30 políticos de participação no esquema. A propina, segundo Costa, se dava por meio de contratos firmados com as empresas envolvidas: cerca de 3% do valor ia para o PT.
E cinco familiares
Marici da Silva Azevedo Costa (mulher do ex-diretor da Petrobras)
Arianna Azevedo Costa Bachmann e Shanni Azevedo Costa Bachmann (filhas)
Marcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita (genros)
(Os familiares de Paulo Roberto Costa confirmaram as informações reveladas pelo ex-diretor da Petrobras ao Ministério Público Federal.)
Saiba mais:

Luccas Pace Jr.
Operador de câmbio
Na delação, o operador de câmbio acusou quatro bancos de serem coniventes com o esquema de lavagem de dinheiro articulado pelo grupo de Nelma Kodama

Alberto YousseffDoleiro
Na delação, Alberto Youssef acusou PT, PMDB e PP no esquema de corrupção na estatal. A cobrança das propinas, segundo o doleiro, era articulada pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e pelo lobista Fernando Baiano

Júlio CamargoEx-consultor da Toyo Setal
Na delação, o consultor afirmou ter pago R$ 154 milhões a operadores do PT e do PMDB dentro da estatal. Acusou também Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, de ter recebido R$ 2 milhões em propina
Em declarações após a delação, Júlio Camargo afirmou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pediu propina de US$ 5 milhões

Augusto Ribeiro de Mendonça Ex-dirigente da Toyo Setal
Segundo o executivo, Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal, mandava depositar parte da propina na conta do PT, em forma de doações oficiais de campanha

Rafael Angulo LopezFuncionário da GDF Investimentos
Na delação, o funcionário da empresa de Alberto Youssef afirmou que os políticos envolvidos no esquema iam pessoalmente receber o pagamento da propina na sede da GDF Investimentos. Angulo era responsável por entregar o dinheiro, em espécie, aos políticos

Pedro BaruscoEx-gerente de Engenharia da Petrobras
No depoimento, Pedro Barusco citou 14 empresas envolvidas no cartel de fornecedores da Petrobras e disse ter recebido pagamentos de mais de 60 contratos firmados pela empresa

Shinko NakandakariEngenheiro ligado às empresas Galvão Engenharia , EIT Engenharia e Contreiras
Na delação, o engenheiro acusou Renato Duque de receber R$ 5,4 milhões de propina da empresa Galvão Engenharia. Além disso, afirmou que foi contratado pela empreiteira para facilitar a entrada da empresa no cartel de fornecedores da Petrobras

Eduardo Leite Vice-presidente da Camargo Corrêa
Em depoimento ao Ministério Público Federal, o empresário afirmou que a empresa pagou R$ 110 milhões em propinas para o esquema da Petrobras. O pagamento era feito por meio de contratos aditivos, inseridos após o término das construções financiadas pela Camargo Corrêa

Dalton Avancini Presidente da Camargo Corrêa
Na delação, o empresário acusou a empreiteira Odebrecht de capitanear a organização do cartel na Petrobras. Além disso, citou outras cinco empresas como as mais influentes no esquema: Camargo Corrêa, UTC, OAS, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão

João ProcópioOperador do doleiro Alberto Youssef
Diferentemente dos outros acordos de delação premiada, o executivo, que operava as contas de Alberto Youssef na Suíça, não foi obrigado a confessar nenhuma informação sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Ele se comprometeu apenas a repatriar os valores mantidos no exterior

Hamylton PadilhaLobista da Vantage Drilling Corp.
Hamylton Padilha intermediou um contrato de aluguel de um navio-sonda da Vantage para a Petrobras. O contrato custou US$ 1,6 bilhão. Na delação premiada, ele disse que o contrato só foi assinado após o pagamento de US$ 31 milhões para o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada

Milton PascowitchEmpresário e lobista
Pascowitch tinha como tarefa transitar entre os grandes contratos da Petrobras, sempre a título de consultorias. Era, na prática, mais um operador responsável por manter funcionando o esquema de desvio de recursos entre a Petrobras e empreiteiras. Ele lidava diretamente com Renato Duque, diretor da área de Serviços, e com o ex-ministro José Dirceu
Saiba mais:
Como atuava Milton Pascowitch, lobista que operava para o PT na Petrobras

Fernando BaianoLobista
O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano (apesar de ser alagoano), é considerado como o "operador" do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras. Segundo a acusação, ele desviou recursos de contratos da Petrobras com navios-sonda e repassou esses recursos, por meio de contas no exterior, para políticos do PMDB
Saiba mais:
Fernando Baiano assina acordo de delação premiada na Lava Jato