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2013

Junho

O brasileiro toma gosto por ir à rua

Manifestações em vários Estados, inicialmente contra o aumento de tarifas de transporte público, levam milhares às ruas. Os protestos logo viram mostra de insatisfação geral contra os políticos. A aprovação do governo Dilma cai 27 pontos e fica abaixo dos 30%.


2014

Março

A lama da Petrobras respinga no governo

O doleiro Alberto Youssef é acusado de negociar com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, grandes empreiteiras e fornecedores da estatal. Ambos são presos e os desvios em obras da Petrobras se tornam o principal foco da investigação que ganhou o nome de Lava Jato.


2014

Junho

Marketing e negação da realidade

Em busca da reeleição, Dilma nega a necessidade de cortar despesas ou aumentar tributos para equilibrar as contas públicas, prevê que o país crescerá em 2015, garante que manterá o nível de emprego e atribui a expectativa de um cenário complicado ao “pessimismo” de alguns setores.


2014

Outubro

A reeleição por margem mínima de votos

Após uma campanha com intensa polarização, Dilma derrota o senador Aécio Neves (PSDB-MG). É reeleita com 51,6% dos votos, uma diferença de apenas 3,4 milhões. É a menor diferença em um segundo turno desde a redemocratização, o que resulta num governo fraco com uma oposição muito disposta.


2014

Novembro

As manifestações recomeçam

As primeiras de uma nova leva de manifestações, contra o governo federal, tomam Brasília, Rio e São Paulo. Dilma anuncia ministros e Joaquim Levy na Fazenda. Os eleitores de Dilma criticam a decisão – significa que o governo cortará gastos, na contramão das promessas de campanha.


2015

Fevereiro

A ascensão de Eduardo Cunha

O governo Dilma sofre uma derrota histórica com a eleição do peemedebista Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados. Ele bate o petista Arlindo Chinaglia, nome indicado pelo Planalto. A eleição de Cunha é o primeiro passo para o esfacelamento da base aliada de Dilma.


2015

Junho

“Pedaladas fiscais”, a nova questão nacional

O Tribunal de Contas da União (TCU) questiona as contas do governo de 2014. Os ministros do TCU encontraram indícios de irregularidades, entre elas as chamadas “pedaladas fiscais”, manobras irregulares para aliviar as contas públicas, que ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal.


2015

Junho

Eduardo Cunha, ferido, reage

Eduardo Cunha anuncia rompimento político com o governo Dilma. O peemedebista acusa o Planalto de articular com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo. Janot denuncia Cunha ao STF em agosto e, em dezembro, pede que ele seja afastado do cargo.


2015

Agosto

O novo recorde de Dilma - agora, de reprovação

Após bater recordes de aprovação no primeiro mandato, a presidente chega a uma taxa de reprovação de 71%, a pior da história, superando os 68% registrados pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello em setembro de 1992. A inflação aumenta e a previsão é que atinja a pior taxa em 13 anos.


2015

Setembro

A tardia tentativa de ajuste das contas

O governo entrega novas explicações sobre as contas de 2014 ao TCU. De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), não houve violação da Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo anuncia pacote de corte de gastos e propõe a volta da CPMF. Dias depois, o dólar bate a marca de R$ 4.


2015

Outubro

O impeachment vira um risco real para Dilma

A presidente Dilma anuncia reforma ministerial e entrega as Pastas da Saúde e da Ciência e Tecnologia ao PMDB. Tenta formar nova base de apoio no Congresso. Parlamentares da oposição entregam a Cunha um pedido de impeachment elaborado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.


2015

7 de Outubro

Contas reprovadas

O Tribunal de Contas da União (TCU) reprovou por unanimidade as contas da gestão de Dilma Rousseff em 2014. O órgão recomendou que o Congresso Nacional reprovasse a prestação de contas de Dilma. As 15 irregularidades apontadas pelo TCU teriam causado distorções de R$ 106 bilhões no orçamento.


2015

Novembro

Um senador governista na cadeia

Por decisão do STF, o senador petista Delcídio do Amaral é preso. É acusado de obstruir a Lava Jato. É a primeira vez, desde 1985, que um senador é preso durante o mandato. O petista ofereceu mesada de R$ 50 mil para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fechar acordo de delação premiada.


2015

Dezembro

Golpes duros de Cunha e Temer

Cunha aceita pedido de impeachment e estipula prazos para a criação de comissão de deputados para emitir um parecer sobre a abertura do processo. Michel Temer envia carta a Dilma reclamando de ser um “vice decorativo” e da desconfiança que o governo tem em relação ao PMDB.


2016

Março

A Lava Jato chega à maior estrela do PT

A Lava Jato chega ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo de um mandado de condução coercitiva. São intimados a depor sua mulher, Marisa Letícia, seus dois filhos, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e os empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Após o depoimento, Lula é liberado.


2016

Março

A maior de todas as manifestações

Na maior manifestação da história do país, milhões de brasileiros vão às ruas num domingo, 13 de março, em pelo menos 239 cidades nas cinco regiões, pedir a saída de Dilma Rousseff da Presidência da República. No mesmo mês, há grandes manifestações a favor do governo.


2016

16 de março

O principal homem da presidente

Dilma anuncia que Lula será o novo ministro-chefe da Casa Civil. O juiz Sergio Moro, do Paraná, divulga gravação de um telefonema entre Dilma e Lula, em que ela diz que mandaria o termo de posse para ele assinar em “caso de necessidade”. A nomeação para o cargo de ministro garantiria foro privilegiado a Lula.


2016

17 de março

Dilma, sem Lula, enfrenta o impeachment

Lula é empossado ministro, mas pedidos expedidos por diversos juízes para impedir o processo levam o STF a barrar a nomeação. A Câmara elege, em votação aberta, a comissão de impeachment com 65 membros. A eles, cabe a tarefa de elaborar e votar um parecer sobre o afastamento de Dilma.


2016

11 de abril

O processo avança para o plenário da Câmara

O parecer é aprovado por 38 votos a 27 em uma sessão tensa, que dura mais de nove horas e é marcada por bate-bocas e provocações entre parlamentares governistas e da oposição.


2016

17 de abril

O voto que aprovou o impeachment

Com o voto do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), completaram-se os 342 votos necessários para a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma na Câmara. Se acatado pelo Senado, Dilma será afastada até o fim de se julgamento. Se condenada, Dilma perderá o mandato.


2016

18 de Abril

A tortura de Dilma

Em sua primeira declaração pública depois da decisão da Câmara dos Deputados, Dilma compara a decisão à tortura na ditadura militar e sinaliza estratégia de questionar no Supremo Tribunal Federal do mérito da denúncia de fraude no Orçamento da União.


2016

19 de abril

Senado dá prosseguimento ao rito

O presidente do Senado, Renan Calheiros começa a tramitação do processo na Casa. Os líderes partidários têm 48h para indicar os nomes que irão compor a Comissão do Impeachment.


2016

20 de abril

Crise econômica se agrava

O desemprego atinge 10,2% no trimestre que vai de dezembro de 2015 até fevereiro de 2016. É a primeira vez que a taxa atinge dois dígitos e o maior nível registrado pela pesquisa do IBGE, que começou a ser feita em 2012.


2016

21 de abril

Michel temer ataca

Em uma entrevista de 24 minutos ao jornal “The Wall Street Journal”, o vice-presidente Michel Temer criticou a associação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff a um golpe de Estado e demonstrou incômodo com a acusação de ser traidor.


2016

23 de abril

Dilma fala em golpe em evento da ONU

Durante pronunciamento em assembleia da ONU, Dilma trata da crise política que atinge o Brasil e faz um apelo aos brasileiros para evitar qualquer “retrocesso” democrático.


2016

25 de abril

Comissão do Senado inicia os trabalhos

O plenário do Senado elege a Comissão Especial do Impeachment que tratará do pedido contra a presidente Dilma Rousseff. São eleitos 42 integrantes, 21 titulares e 21 suplentes. O presidente da comissão é Raimundo Lira (PMDB-PB).


2016

2 de maio

Fraude é o verdadeiro nome das “pedaladas”

O procurador Júlio Marcelo Oliveira, representante do Ministério Público Federal no Tribunal de Contas da União (TCU), depõe no Senado à comissão especial do impeachment. Ele afirma que o governo Dilma incorreu em “contabilidade destrutiva” e “fraude fiscal”. E acrescenta: “pedaladas” e “contabilidade criativa” são eufemismos.


2016

4 de maio

Câmara impede PT de limpar as contas

Os deputados rejeitam a medida provisória 704, de 2015, que autorizava o governo a usar recursos definidos no orçamento de 2014 para cobrir despesas obrigatórias no exercício de 2015. A MP havia sido editada pelo governo em dezembro de 2015, depois de o TCU já ter rejeitado a prestação de contas do governo de 2014.


2016

5 de maio

Cunha é afastado da Câmara dos Deputados

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o mandato e afastou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Cunha é investigado na Operação Lava-Jato. Cunha foi o comandante que fez o processo de impeachment de Dilma tramitar alta velocidade pela casa.


2016

6 de maio

Comissão aprova parecer do impeachment

Por 15 votos a cinco, os senadores da comissão que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma aprovam o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que pede a abertura do processo.


2016

9 de maio

Interino da Câmara tenta anular o impeachment

O presidente interino da Câmara, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA), tenta anular a sessão que aprovou a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, realizada na Casa no dia 17 de abril. Maranhão acolheu pedido feito pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.


2016

10 de maio

Maranhão volta atrás e mantém processo

O presidente em exercício da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu na madrugada de terça-feira revogar a decisão que proferiu no dia anterior para tentar anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.


2016

10 de agosto

Comissão decide seguir com o impeachment

A Comissão do Impeachment aprova por 14 votos a 5 o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que considera procedente o pedido de impeachment de Dilma.


2016

10 de agosto

Plenário segue com o processo

O plenário do Senado aprova por 59 votos a 21 a continuidade do processo de impeachment de Dilma.


2016

31 de agosto

Dilma sofre impeachment e deixa a Presidência

O Senado decidiu pelo impeachment de Dilma, mas manteve seus direitos políticos. Isso significa que, embora seja afastada da Presidência, Dilma pode ocupar outros cargos públicos.