Os hinos que o povo não entoou
Apesar da boa intenção, músicos como Seu Jorge, Tom Zé, Dinho e Tico Santa Cruz fracassaram em popularizar seus refrões nas ruas
O que diz o autor:
"Esta promete ser a música da futura reforma política."
Latino, no Instagram
A crítica:
"Os artistas de hoje grunhem estribilhos soltos."
José Ramos Tinhorão, pesquisador da música brasileira
O que diz o autor:
"Fui incitado a fazê-lo num conceito de revolução e de que é possível uma sociedade melhor."
Gabriel Moura
A crítica:
"A música é vibrante. Entrega a letra com força."
Carlos Lyra, compositor
O que diz o autor:
"O importante é ser acessível para que a mensagem se propague."
Tom Zé
A crítica:
"É interessante, mas é uma repetição do que foi feito no passado."
Affonso Romano de Sant'Anna, poeta
O que diz o autor:
"Me inspirei nos bordões da revolução cubana."
Dinho Ouro Preto
A crítica:
"A música fala de algo de 60 ou 100 anos atrás:'revolução'. Num regime aberto, o que pode haver é reforma."
Affonso Romano de Sant'Anna
O que diz o autor:
"Fizemos uma música acessível, com uma vertente pop."
Tico Santa Cruz
A crítica:
"É a única que diz algo que vale a pena. Retrata o que todos estão sentindo: uma catarse."
Carlos Lyra
O que diz o produtor:
"Ela tem um arranjo moderno, e o Falcão cantou muito bem. A música foi apropriada pelas ruas."
Wilson Simoninha, cantor e produtor musical
A crítica:
"A canção mais fiel às ruas é essa propaganda, sequestrada pelas multidões."
Roberto Romano, professor de filosofia da Unicamp